O mercado imobiliário vive em constante transformação — e com ele, surgem novas tecnologias que prometem mais segurança, praticidade e economia. Uma dessas soluções que vêm ganhando espaço nos últimos anos é a portaria remota. Se antes parecia algo futurista ou exclusivo de empreendimentos de alto padrão, hoje já se tornou uma opção viável até para condomínios de médio porte. Mas a pergunta que fica é: vale a pena investir em imóveis com esse tipo de sistema?
A portaria remota substitui o porteiro tradicional por um sistema de controle à distância, geralmente gerido por uma central de monitoramento. As entradas e saídas são controladas por câmeras, interfone com vídeo, aplicativos e sensores. Tudo isso, claro, conectado à internet e com protocolos de segurança bem definidos. E mais: o custo costuma ser significativamente menor do que manter uma portaria presencial 24 horas.
Essa alternativa vem sendo adotada por quem busca reduzir custos condominiais, melhorar a eficiência da segurança e, ao mesmo tempo, manter a valorização do imóvel. Isso vale tanto para quem pretende morar quanto para quem busca rendimento com aluguel. Um bom exemplo de imóvel que já segue essa tendência é o apartamento 2 quartos em Dois Irmãos, localizado em uma cidade que valoriza tecnologia, praticidade e segurança integrada.
Mas nem tudo são flores — como qualquer solução, a portaria remota tem vantagens e desafios. E é justamente sobre isso que vamos falar a seguir. Se você está pensando em investir em um imóvel com esse sistema, vale conferir cada um dos pontos antes de tomar sua decisão.
Redução de custos condominiais
Um dos principais argumentos a favor da portaria remota é a economia. A folha de pagamento de um porteiro presencial representa um dos maiores gastos fixos de qualquer condomínio. Substituí-lo por um sistema remoto pode reduzir as despesas mensais em até 50% — e isso impacta diretamente na atratividade do imóvel para futuros moradores ou inquilinos.
Com um custo condominial mais baixo, o imóvel se torna mais competitivo no mercado de locação. E, para quem compra para investir, isso significa maior facilidade de locação e um retorno mais interessante. Afinal, muitos inquilinos buscam justamente essa combinação: segurança com economia.
Além disso, o sistema remoto costuma ter menos rotatividade e não sofre com problemas como faltas, trocas de turno ou treinamentos constantes. Isso significa uma gestão mais estável e, muitas vezes, mais profissional, com protocolos bem definidos e tecnologia sempre atualizada.
Segurança reforçada e monitoramento constante
Se engana quem pensa que a ausência de um porteiro físico significa vulnerabilidade. Na verdade, a portaria remota pode oferecer até mais segurança. As câmeras de alta definição operam 24 horas por dia, registram todos os acessos e permitem respostas rápidas em caso de incidentes.
Além disso, os moradores contam com sistemas de acesso controlado por aplicativo, reconhecimento facial, tags ou QR Code. Isso impede a entrada de pessoas não autorizadas e reduz o risco de invasões. Em muitas centrais remotas, os operadores estão conectados com serviços de emergência, permitindo acionamento imediato de polícia ou bombeiros, se necessário.
Outro ponto positivo é que, como tudo é gravado e armazenado na nuvem, eventuais problemas podem ser revistos com facilidade. Isso aumenta a sensação de controle e transparência entre os moradores, além de facilitar investigações em caso de necessidade.
Valorização imobiliária e atratividade no mercado
Imóveis com portaria remota têm ganhado força especialmente entre jovens compradores e investidores. A ideia de integrar tecnologia e segurança agrada esse público mais conectado e prático, que valoriza a modernização da moradia tanto quanto o design ou a localização.
Com isso, apartamentos e casas em condomínios que adotam essa solução acabam sendo vistos como mais modernos — e tendem a se destacar nos anúncios. Isso influencia diretamente na velocidade de venda ou locação e, claro, na valorização do imóvel no médio prazo.
Além disso, o sistema costuma ser adaptável a novos recursos. A integração com câmeras inteligentes, sensores de movimento, fechaduras digitais e aplicativos de gestão condominial cria um ecossistema que agrada e fideliza o morador. E isso é um trunfo a mais na hora de apresentar o imóvel a um interessado.
Possíveis limitações e resistência de alguns moradores
Nem tudo é vantagem. Como toda tecnologia, a portaria remota também enfrenta desafios. Um deles é a resistência de parte dos moradores, especialmente os mais tradicionais ou com dificuldade em lidar com sistemas digitais. Eles podem sentir falta do contato humano com o porteiro e desconfiar da segurança do modelo remoto.
Além disso, a dependência da internet pode gerar instabilidade. Falhas na conexão ou quedas de energia (quando não há gerador) podem comprometer temporariamente o acesso. Por isso, é essencial que o condomínio tenha uma boa infraestrutura de suporte e manutenção constante.
Outro ponto de atenção é a adaptação à rotina do prédio. A entrega de encomendas, por exemplo, precisa ser bem planejada. Alguns sistemas contam com armários inteligentes ou espaços específicos para recebimento, mas isso exige um bom alinhamento entre moradores, síndico e empresa de portaria remota.
Perfil ideal de imóveis para esse tipo de tecnologia
Embora a portaria remota esteja se expandindo, ela funciona melhor em certos tipos de empreendimentos. Condomínios pequenos e médios, com fluxo controlado de pessoas e poucas torres, são os mais indicados. Isso porque o custo-benefício é mais evidente e o sistema consegue funcionar com mais fluidez.
Em condomínios muito grandes, com alta circulação de visitantes e prestadores de serviço, a operação pode ficar mais complexa e exigir soluções híbridas. Por isso, ao avaliar um imóvel, é importante entender se o sistema está bem dimensionado para o tamanho e o perfil do prédio.
Também é importante observar se o condomínio já possui uma empresa consolidada de portaria remota, com bom suporte técnico, canais de atendimento e histórico confiável. A tecnologia, por si só, não faz milagres — o bom funcionamento depende de gestão eficiente e envolvimento dos moradores.
Dicas finais para quem quer investir com foco em portaria remota
Se você está considerando um imóvel com portaria remota como investimento, aqui vão algumas recomendações úteis. Primeiro, avalie a economia gerada em relação à portaria presencial. Verifique se as taxas condominiais realmente estão mais baixas e se isso torna o imóvel mais atrativo para o mercado.
Converse com o síndico e moradores, entenda como o sistema funciona no dia a dia e se há pontos críticos já identificados. Peça informações sobre a empresa que presta o serviço, quais são os planos de manutenção e como são tratados os atendimentos de emergência.
E, por fim, olhe para o futuro. A tendência é que a portaria remota se torne cada vez mais comum, especialmente em empreendimentos novos. Investir agora em imóveis que já utilizam esse modelo pode ser uma jogada estratégica — desde que você esteja bem informado e alinhado com o perfil do público que deseja atingir.