Quem cuida da sua casa enquanto você viaja

Por Casa Protegida

17 de junho de 2025

Viajar é uma delícia. Você organiza malas, planeja roteiros, confere documentos… mas e a sua casa? Quem fica de olho nela enquanto você está a quilômetros — ou até continentes — de distância? Essa é uma pergunta que nem todo mundo se faz, mas deveria. Porque, mesmo vazia, a casa continua sendo um ponto de atenção. E quando alguma coisa dá errado, a distância vira um baita complicador.

Imagine estar curtindo uma viagem e receber uma ligação dizendo que houve um vazamento, uma invasão ou um curto-circuito no seu apartamento. O pânico bate, claro. E agora? Quem vai resolver isso por você? Ninguém gosta de pensar nesses cenários, mas eles são reais — e infelizmente, mais comuns do que a gente gostaria.

O lado bom é que, com a evolução dos serviços de assistência, alguns planos de seguro viagem já oferecem coberturas extras que vão além do básico médico ou de bagagem. Sim, há casos em que a apólice cobre até imprevistos que acontecem no seu imóvel durante a viagem. E isso pode ser um grande alívio pra quem fica semanas fora de casa.

Nesse texto, vamos explorar como funciona esse tipo de proteção, quais situações podem ser cobertas e como se preparar antes de embarcar. Porque proteger a viagem é importante — mas proteger o que você deixa pra trás também é.

 

Assistência emergencial residencial

Você sabia que alguns seguros de viagem oferecem, como benefício adicional, uma cobertura de emergência para sua residência durante o período da viagem? Esse tipo de assistência, muitas vezes chamado de “residencial emergencial”, é acionado quando ocorre algum incidente inesperado — como vazamentos, panes elétricas ou arrombamentos.

Funciona assim: se algo acontecer na sua casa enquanto você estiver fora, você (ou alguém de confiança) pode acionar a seguradora, que enviará um profissional para resolver o problema. O serviço inclui encanador, eletricista, chaveiro e, em alguns casos, até vigilância temporária. Tudo sem custo extra, desde que dentro dos limites da apólice.

É uma mão na roda, principalmente se você não tiver ninguém disponível pra cuidar disso no momento. A assistência emergencial residencial não está presente em todos os seguros, então vale conferir se seu plano oferece esse recurso — e como ele pode ser ativado durante a viagem.

 

Vigilância temporária após tentativa de invasão

Um dos maiores receios de quem deixa a casa vazia é justamente a possibilidade de arrombamentos ou invasões. E, por mais que você tenha trancas e alarmes, imprevistos acontecem. Em casos assim, algumas apólices oferecem cobertura para enviar vigilância profissional temporária, até que o local seja novamente considerado seguro.

Essa cobertura costuma ser acionada depois de uma tentativa de invasão registrada ou quando há comprovação de que portas ou janelas foram danificadas. A seguradora envia um profissional de segurança para monitorar o imóvel por um período determinado, geralmente entre 24 e 72 horas.

Não é o tipo de cobertura que a gente espera precisar, mas pode fazer toda a diferença caso algo aconteça na sua ausência. E o mais importante: você continua viajando com menos preocupação, sabendo que existe uma solução imediata pra proteger sua casa até seu retorno.

 

Reembolso por danos causados por terceiros

Às vezes o problema nem é causado por fatores externos como assalto ou clima. Pode ser um vizinho de cima que estoura um cano e alaga seu apartamento, ou um prestador de serviço que você contratou pra regar as plantas e acaba quebrando algo. E aí, como lidar?

Dependendo da cobertura do seguro e da forma como o dano aconteceu, é possível acionar a seguradora para obter reembolso parcial ou total do prejuízo. Isso geralmente ocorre quando o problema está ligado a terceiros que causaram o incidente de forma acidental.

Claro, a apólice precisa prever esse tipo de situação, e o processo exige documentação: fotos, boletins de ocorrência (se houver), orçamento de conserto e, às vezes, até testemunhos. Mas, em um cenário em que você está longe e sem como resolver imediatamente, é uma camada extra de tranquilidade.

 

Monitoramento via aplicativos conectados

Hoje em dia, muita gente tem câmeras, alarmes e sensores conectados ao celular. Esses sistemas de automação residencial ajudam bastante — mas nem sempre resolvem tudo. Afinal, ver que a porta foi arrombada pelo aplicativo não significa que você consegue intervir de outro continente.

Alguns seguros viagem já fazem parcerias com serviços de automação, integrando essas tecnologias ao suporte emergencial. Ou seja, se o sistema detectar uma movimentação incomum, a seguradora pode ser notificada automaticamente e acionar um protocolo de atendimento local, mesmo sem sua intervenção direta.

É um nível de integração que ainda não está disponível em todos os planos, mas que vem ganhando espaço com a popularização das casas inteligentes. Se você já usa dispositivos assim, vale consultar se sua apólice pode ser combinada com esses recursos. A automação pode ser sua aliada — desde que conectada ao suporte certo.

 

Prevenção de riscos antes da viagem

Nem tudo precisa ser resolvido durante o problema. Uma boa parte das coberturas do seguro podem (e devem) ser ativadas preventivamente. Algumas seguradoras, por exemplo, oferecem inspeção técnica gratuita antes da viagem: um eletricista pode checar possíveis curtos, um encanador pode revisar canos antigos, entre outros serviços.

Essa ação preventiva ajuda a reduzir o risco de emergências durante sua ausência. E, o melhor: muitos planos de seguro com assistência residencial incluem esse serviço, basta solicitar com antecedência. A seguradora envia um profissional, realiza o check-up e você embarca com a consciência mais tranquila.

É como uma revisão no carro antes de pegar a estrada — só que com a sua casa. Uma forma simples e eficaz de evitar surpresas desagradáveis enquanto você estiver curtindo seus dias longe de casa.

 

Como acionar o seguro à distância

Tá, mas se der problema, como faz? A boa notícia é que quase todas as seguradoras permitem que o acionamento seja feito de fora do país, via app, e-mail ou ligação internacional. Em alguns casos, um parente ou vizinho autorizado pode acionar em seu nome, desde que tenha os dados do contrato e sua permissão prévia.

O ideal é deixar tudo pronto antes de viajar: cadastrar contatos de emergência, anotar os números do seguro, salvar a apólice no celular e avisar alguém de confiança sobre como acionar o serviço se necessário. Não precisa ser complicado, mas precisa estar organizado.

Também vale testar o app da seguradora antes de embarcar. Veja se ele mostra a opção de assistência residencial, como é feito o acionamento e quais os canais de atendimento disponíveis. Quanto mais familiarizado você estiver com o processo, mais rápido será resolver qualquer situação — mesmo do outro lado do mundo.

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